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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Pedido de ano novo

PARA O PRÓXIMO ANO, GOSTARIA DE PEDIR A DEUS, SE EU PUDER...
 QUE ME DÊ SABEDORIA O BASTANTE PARA PENSAR ANTES DE FALAR;
ALEGRIA O SUFICIENTE PARA CONTAGIAR ;
OBSTÁCULOS AINDA MAIORES PARA QUE POSSA ULTRAPASSAR;
AMOR EM DEMASIA, PARA QUE POSSA ESPALHAR;
TRISTEZA, SÓ O NECESSÁRIO, PARA PODER CHORAR;
FELICIDADE SEM LIMITES PARA PODER MOSTRAR;
TAMBÉM QUERO PEDIR PARA QUE NÃO ME MUDE, MAS QUE ME DÊ MATURIDADE PARA MELHORAR;
PEDIRIA AINDA, CONTROLE EMOCIONAL PARA NÃO MAGOAR AS PESSOAS, NEM AS JULGAR;
E...SE EU TIVESSE DIREITO A MAIS UM PEDIDO, PEDIRIA A DEUS PARA OLHAR POR TODOS QUE AMO E QUE EU JAMAIS POSSA DECEPCIONÁ-LOS!
AH...SE NÃO FOR PEDIR MUITO, SENHOR, NÃO ME DEIXA ESPERAR TANTO DAS  PESSOAS!!!
PORÉM, GOSTARIA DE SEMPRE LEMBRAR DE AGRADECER POR TUDO!
Amém!

CÉLIA'RAMOS

sábado, 26 de novembro de 2011

O poder das palavras


           As palavras têm o poder de dar rumos à nossa vida de tal forma, que muitas vezes nos perguntamos por que as coisas saíram de um jeito diferente do que esperávamos! Mas, o que dificilmente lembramos, é que foram elas, as ditas cujas, usadas num momento decisivo que deram uma dimensão diferente para algo que queríamos!  
Quando bem ditas, as palavras nos trazem paz, amor, amizade, felicidade e todas as coisas boas que podemos e merecemos ter.  Quando mal ditas, nos trazem dor, aflição, sofrimento, inimizade e todos os sentimentos negativos, dos quais passamos a vida fugindo!
São as palavras que iniciam ou terminam uma guerra! Quando proferidas, não saem mais do vácuo do Universo. Propagam-se num efeito “bumerangue” e voltam para quem às expeliu.
Dependendo do teor do seu conteúdo, vão mudar o destino do indivíduo de tal maneira que ele vai desejar não tê-las dito!
Quantas vezes nos arrependemos de coisas que falamos no calor da emoção, sem que elaboremos o pensamento?
O que pronunciamos, pode ferir mortalmente outra pessoa ou pode curá-la de uma dor profunda. Basta saber usar a palavra certa, na hora exata!
Palavras não ditas também têm o mesmo poder de decidir sobre fatos e acontecimentos!
Deveríamos encerrar uma conversa sempre com palavras perfeitas, tais como: “Sinto muito!”, “Sinto sua falta!”, “Te quero de volta!”, “Muita paz para você!”, “Fica comigo pra sempre!”, “Deus te abençoe!” ou ainda, “EU TE AMO!”. Dessa forma, receberíamos em dobro quando as mesmas voltassem à nossa vida e saberíamos o porquê de receber tais bênçãos! Se as palavras têm poder, devemos usá-las a nosso favor!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

E amor não se entende, se sente!


E este tão grande amor que explode no peito,
Queima feito Sol de verão!
Chega a doer...
Dói pela urgência;
Dói pelo excesso;
Dói pela distância;
Dói pela impossibilidade do encontro;
Dói pela saudade urgente
Que nunca será saciada.
Dói pelo simples fato de existir.
Dói e transborda;
Transborda e pulsa;
Pulsa e se expande.
Expande-se além do corpo e da alma.
Propaga-se no Universo, este imenso amor!
Não há entendimento, só sentimento!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CONFISSÕES

E o que vai ficar quando eu me for?



Quando eu partir, talvez fique a lembrança do que poderia ter sido e a certeza do que realmente fui.
E fui tantas coisas! E deixei de ser outras tantas!
Com certeza, fui alguém que se importou com alguns e fui insensível com outros, inclusive comigo!
Fui mais feliz que infeliz até certo tempo;
Meu corpo sempre foi fiel, mas meu pensamento pulou vários muros querendo se aventurar, no que foi impedido pela minha razão, que o trouxe de volta antes que pudesse ir mais além;
Fui tão responsável que me perdi de mim;
Fui tão “eu” que não me deixei ser outra pessoa!
Fui tão amigável que não tive amigos verdadeiros;
Fui tão calada que feri os ouvidos e os sentimentos alheios;
Fui tão falante que não ouvi me chamarem;
Fui tão criança que esqueci de ser mulher;
Fui tão mulher que esqueci a criança que sempre viveu em mim;
Fui tão humana que esqueci de ser santa e pediria perdão se soubesse que seria absolvida!
Fui tão sorridente que escondi minhas tristezas;
Fui sempre tão triste que gastei todos os meus sorrisos para disfarçar;
Fui medrosa em tomar atitudes; fui corajosa nas decisões referentes a outros;
Fui uma filha mais ou menos;
Fui uma mãe mais ou menos;
Fui uma esposa mais ou menos;
Fui uma profissional mais ou menos. Entretanto, sempre quis ser “mais” e por isso sempre dei o meu melhor!
Eu fui muitas coisas! Fui até o que não queria ser!
Acho que fui uma pessoa normal, nada de excepcional!
Eu fui...
Agora já não sou mais!


Célia Ramos

domingo, 2 de outubro de 2011

Morte e Vida



Durante a vida inteira, nos matam muitas vezes. Matam-nos aos poucos quando nos ignoram, quando nos esquecem, quando fingem que não existimos. Esta é a morte dolorida!  
Também nos matam de felicidade, de amor, de afeto, de abraços, de beijos, de alegria, de êxtase. Esta é a morte colorida!
Dentre tantas mortes, vivemos emoções infindas. E quando finalmente chega a morte real, a gente leva todos os falecimentos bons e ruins que, juntos, são a soma da própria vida.
A vida é exatamente isto: uma eterna revolução de sentimentos e emoções que dão sentido à nossa existência, embora que, em alguns trechos do caminho, achamos que nada vale à pena . No entanto, o que importa é que adquirimos experiências que vão nos servir, não sei para quê, já que no fim, não poderemos mais viver nem morrer, apenas deixamos de existir. Porém, aquilo que a gente viveu, fica eternizado na vida de outras pessoas. Ou não!!

Célia Ramos

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

AI, QUE VERGONHA!




SINTO VERGONHA DE TER ME EXPOSTO,
FALADO DO QUE ME VAI À ALMA!
DE TER CONFIADO;
DE TER DIVIDIDO MEU SORRISO;
COMPARTILHADO MINHAS LÁGRIMAS;
DE TER CONTADO MEUS SEGREDOS;
DE TER ACREDITADO EM FALSAS PALAVRAS;
DE TER EXTERNADO SENTIMENTOS;
DE TER ACEITADO OPINIÕES;
DE TER BRIGADO;
DE TER PERDOADO;
DE TER PEDIDO ARREGO;
DE TER VOLTADO ATRÁS NAS DECISÕES;
DE TER SONHADO;
DE TER PENSADO QUE ERA A ÚNICA;
DE TER BUSCADO APOIO;
DE TER OUVIDO;
DE TER PARECIDO TÃO IDIOTA!
DE TER IDEALIZADO...
DE TER ERRADO;
DE TER TE AMADO!
VERGONHA DE SABER QUE TUDO NÃO PASSOU DE ILUSÃO!
VERGONHA DE SER HUMANA E FALHAR TANTO!
VERGONHA MATA? ENTÃO, ME ENTERREM! ESTOU MORTA!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cristal quebrado




De olhos vidrados
Espera em vão por uma palavra.
O silêncio ensurdecedor
Quase fere os tímpanos.
Nenhuma mensagem,
Nenhum sinal;
Nada!
O vácuo se propaga junto com a dor.
E a esperança
De que tudo mude também aumenta.
Tudo em vão!
Nada vai mudar.
Aquela alegria
Embalada pela amizade
Não voltará!
Algo se quebrou.
Talvez, seu coração!
Só resta-lhe catar os pedaços e tentar colar.
Porém, as cicatrizes tão profundas
Permanecerão...
Quem sabe para lembrar
Que jamais
As coisas serão as mesmas. Tudo mudou
E só ela permanece igual.
Esperando em vão!!!

Célia Ramos

domingo, 4 de setembro de 2011

É preciso morrer para viver!



Tem dias que morro de dor, de alegria, de tristeza, de fome, de sede, de raiva, de felicidade, de tédio, de calor, de frio, de rir, de saudades...morro de tudo um pouco. Agradeço a Deus pelas minhas mais de mil vidas, pois sem elas não poderia morrer de tantas emoções e viver mais e mais!
 (Célia'Ramos)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Eu X eu mesma



Estou aqui olhando o editor em branco e tentando agrupar pensamentos que possam expressar meus sentimentos. Estes, que não interessam a ninguém, mas que devem sair de dentro de mim, para que eu não exploda de tanta dor!
Esta sensação de vazio, de nada, de ninguém, de coisa alguma com a qual estou convivendo, é a pior coisa que alguém pode sentir. Na adolescência, não me lembro de ter sentido algo igual, mas lembro que tudo passava tão rápido e cada coisa nova, servia para distrair e atrair novos interesses. Hoje, com a maturidade, as coisas não são tão simples.        
Tudo tem uma proporção enorme e os sentimentos são tão intensos, que chego a acreditar que estou doente ou com algum distúrbio mental. Não adianta tentar entender o que falo porque nem eu entendo. Apenas sinto necessidade de me expressar, de falar e, não tendo com quem, falo comigo mesma. Aliás, ultimamente tenho andado tão comigo mesma que até já chego a sentir saudades de outras pessoas, do mundo! Mas, neste meu mundinho particular em que me encontro, é tão mais confortável, embora doloroso!
Enfim, acredito que para que eu possa me libertar do cárcere da minha própria emoção, eu deva ter muita força de vontade, mas essa, ainda não me acompanha! Estou só e, sozinha, é que devo ter forças para lutar comigo mesma e sair vencedora!
Vamos à batalha, então...Eu x eu mesma!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

EM QUE ESPELHO DO TEMPO SE PERDEU A MINHA INFÂNCIA?


Tempo de Magia


E de todas as lembranças que permeiam minha mente, as que mais trazem saudades são os tempos da minha infância, pois foi um período lúdico, povoado pela imaginação e pela criatividade.
Nada de brinquedos caros e sofisticados, mas muita brincadeira de roda, tica, amarelinha e contação de histórias. Nada de televisão, computadores, vídeos games nem outros eletrônicos quaisquer, porém bastante revista em quadrinhos, livros e desenhos.
As noites de lua eram mágicas, já que energia elétrica não existia durante boa parte de minha meninice. Portanto, em noites enluaradas, quando os vizinhos mais próximos se visitavam para por a conversa em dia, as crianças aproveitavam para atualizar as brincadeiras. Muitas vezes, um adulto desenvolvia uma roda de conversas e contava histórias de “trancoso”. As preferidas eram as de terror.
Quem precisava de aparelho de DVD ou TV para estimular a adrenalina?
Tudo era mágico, pois só era preciso soltar a imaginação para entrar em um mundo paralelo recheado de cores, cheiros e sabores.
Neste mundo de faz-de-conta, me deparava com discos voadores, lobisomem, príncipes encantados - que só mais tarde descobri que não existem -, princesas e muito mais.
Dormia cedo a acordava mais cedo ainda. Na fazenda, o ar puríssimo me instigava a correr descalço pelos campos, sentindo a grama furando os pés. Não havia preocupação naquela vida simples e feliz. Os momentos ruins passavam despercebidos diante da inocência infantil.
Não sei em que espelho do tempo ficou perdido esse passado. Entretanto, vez ou outra, ele reflete nos dias atuais mostrando o quanto a vida mudou. O quanto é chato ser adulto e ter tantos conflitos a resolver.
De repente, olho para as crianças de hoje e não as vejo tão livres. A maioria está presa a um mundo eletrônico viciante e nunca vai saber o quanto é bom voar pelo imaginário. Hoje, é tudo muito precoce e o encanto da infância não me parece tão convidativo quanto no tempo em que eu fazia parte dela.
Naquela época, eu tinha pressa de crescer e agora, gostaria que o tempo voltasse, mas na impossibilidade disso acontecer, que pelo menos demore a passar para que eu possa acompanhar a vez da minha filha de forma lânguida e preguiçosa.
Não é chavão quando se diz que a felicidade está na simplicidade da vida!

terça-feira, 28 de junho de 2011

O Segredo é saber regar!




No início, de uma sementinha, surgiu um brotinho muito frágil em sua pequenez. Quem o via, dizia que não iria vingar, pois tinha necessidades especiais a serem superadas. Mas, apesar dos tropeços, começou a criar forças e foi crescendo. Quando tinha um ano, deu seu primeiro fruto.
Aquela planta, ainda jovem, precisou ser forte para que seu frutinho pudesse crescer saudável até o momento em que pudesse ser colhido.
A planta crescia cada vez mais feliz, regada com amor e dedicação, mesmo que de vez em quando, surgissem ao seu redor, algumas pequenas pragas, que logo morriam devido ao vigor que emanava da vida e do verde daquelas folhas.
Muitas outras árvores sentiam inveja da robustez da plantinha. Porém, ela mantinha-se firme, cercada de amor e sob o olhar maldoso de algumas ervas daninha.
Anos depois, deu mais um fruto. Seus frutos, aliás, eram raros, pois eram gerados com muito amor e só davam em épocas especiais.
Passados os anos, uma praga, fungo ou sei lá o que, se infiltrou sorrateiramente no caule da planta e dessa vez, mesmo tentando se manter firme, a mesma começou a definhar.
Este fungo abriu as portas para que seus companheiros entrassem. Fungos como a desconfiança, o ciúme, o desentendimento, o desinteresse, e indiferença, entre outros, se alojaram no coração da plantinha e assim, ela começou a morrer. No entanto, ainda permanecia forte, embora houvesse dias em que realmente achasse que era chegado o seu fim, já que todas as suas defesas eram atacadas sem trégua.
Fraca, ela se deixava levar por outras plantas que queriam vê-la morta, mas que ela acreditava que queriam ajudá-la, pois precisava de alguém que a ouvisse, que a regasse, que a alimentasse de esperanças. Em meio a tantos bombardeios, a plantinha tinha lampejos de lucidez e tentava se reerguer a todo custo. Mas sozinha, não suportaria por muito tempo...
Precisava urgentemente de um super fertilizante, já que suas forças estavam se esgotando e já lhe vinha à vontade se deixar vencer, pois via suas folhas todas cinza e algumas caíam com a menor brisa. Contudo, era uma plantinha guerreira e lutaria enquanto houvesse forças, mesmo que para isso precisasse usar todas as suas energias.
E, na luta diária, já via brotar em alguns dos seus galhos, pequenas folhinhas verdes, se destacando em meio à imensidão cinza. Ela sabia que daquelas pequenas folhas, viria a esperança que tanto precisava para derrotar todos os males que a cercava. E assim, ficou mais tranqüila, porém, sabia que se aqueles novos brotinhos não fossem regados, estaria perdida! Pois, todas as formas de vida e de relacionamentos precisam de apoio, carinho e dedicação para se manterem, caso contrário, morrem e levam junto os que estão consigo!

terça-feira, 14 de junho de 2011

A Lua e Eu


A Lua e eu somos parceiras,
Faces da mesma moeda.
Ela, astro imponente;
Eu, invejando sua imponência.
Ela, encantando com seu brilho;
Eu, encantada por sua luz.
Ela, admirada por muitos;
Eu, admirando-a, sonhadora!
Ela, inspirando os poetas;
Eu, buscando inspiração.
Ela, banhando o mar;
Eu, aos pés de sua imensidão.
Ela, farol dos navegantes;
Eu, navegando em sua paz.
Ela, rainha da noite;
Eu, súdita do seu brilho.
Ela, Lua que enfeitiça;
Eu, pessoa que se encanta!
Ela no céu;
Eu, na Terra.
Ambas com fases que se alternam...
Minguante, crescente,
Cheia e nova.
Sempre nova!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

PARADOXO


Imagem extraída do Google


O que nos faz forte

É incrível como nós, seres humanos, necessitamos tanto de carinho e afeto, mesmo que em pequenas doses, para nos sentirmos bem. Não nos damos conta do quanto precisamos até nos encontrarmos sozinhos, sem atenção alguma.       
No momento em que todas as pessoas que julgamos importantes nos deixam de lado, sentimos o real peso da necessidade que temos do olhar delas em nossa direção. Parece, inclusive, que somos únicos na Galáxia e que mesmo rodeados de gente, não somos vistos, nem queridos ou amados.
Este sentimento de solidão é o pior de todos porque a nós, só interessa a atenção da pessoa que amamos, embora, muitas outras estejam dispostas a nos amparar.
Quão frágeis somos! Só nos fazemos fortes através daqueles que nos enfraquecem. E são justamente estes que somem de nossas vidas e nos deixam a mercê da autopiedade!

sábado, 7 de maio de 2011

SER MÃE

SER MÃE

Quando em seu ventre uma vida se anuncia,
Todas as sensações ficam mais intensas.
Os sentimentos afloram e as emoções triplicam.
Ela chora e ri ao mesmo tempo;
Ela ama sua barriga
E vai ao extremo entre
Sentir-se feia e linda
Ao ver seu corpo mudar!
Cada chute em seu ventre
Provoca uma onda de carinho
Que se propaga pelo Universo.
Não há nada
Que ela deseje mais
Que ver o rosto daquela criança
Tão esperada!
E quando chega a hora tão sonhada,
Não segura as lágrimas
Nem o sorriso,
Ao ver aquela face tão amada!
É o seu filho!
Agora, ela é mãe.
E este, é só o início de uma vida inteira
De alegrias,
Preocupações,
Orgulho
E amor. Muito amor!


Célia Ramos

sábado, 30 de abril de 2011

Senhor Tempo


E o tempo,
Senhor impiedoso de todas as coisas
Impera sobre vidas,
Fatos e acontecimentos.
Transforma ou destrói sem dó alguma
A vida,
O rumo,
Os pensamentos.
Tudo muda.
Passa. Renova-se!
Vão-se os anos e com eles a juventude,
A novidade,
A esperança,
As alegrias...
A inquietude!
 Vão-se as dores,
As tristezas,
As fantasias!
As paixões,
Os rostos,
A beleza,
As amizades,
Os desafetos
E os amores.
Mas o que vai para uns, vêm para outros...
Inicia-se assim, um novo ciclo.
E o tempo,
Senhor impiedoso,
Leva tudo outra vez...Num vai e vem infinito! 


Célia Ramos

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Palavras, sempre palavras!

imagem extraída do google

E mais uma vez estou eu tentando expressar algo que não sei bem como exprimir!
Faltam-me as palavras, aquelas que muitas vezes fazem festa em minha mente. Aquelas que de tão peraltas, me deixam quase sempre numa tremenda enrascada por deixá-las sair a torto e a direito!
Aquelas que de tanto que as uso se renovam sempre mais... Parecem águas de ribeirão!
No entanto, quando mais preciso, elas se vão! Sempre brincalhonas, me deixam só. Acho até que querem brincar de esconder, mas hoje não estou no pique... Inclusive, já não tenho mais idade para tantas travessuras!
Eu só queria dizer o que sinto com todas as letras, mas infelizmente ou felizmente, sentir é bem mais completo que falar. E, para alegria de minha timidez, é muito bom que as palavras se mostrem melhor na escrita que na fala, pois assim, cabe a quem ler a interpretação... Cada um ver o que quer e sente o que as palavras lhe mostram através do que os olhos lhes fazem enxergar.


Célia Ramos

domingo, 24 de abril de 2011

E antes que eu esqueça!

   OBRIGADA!
imagem importada do google

Enquanto tenho chance, gostaria de agradecer a Deus por tudo o que tem feito por mim!
 Pela vida;
 Pela saúde;
 Pela inteligência;
 Pela família simples, mas feliz;
 Pelo trabalho;
 Pela missão de lidar com crianças e deixar uma pequena semente de mim em cada   uma delas;
 Pela paz;
 Pelo amor;
 Pelas dificuldades que me impulsionam em busca das soluções;
 Pelas horas de choro e descontrole, que se normalizam após refletir o quão pior  poderia ser;
 Pelas horas de alegria, que são maioria;
 Pelos amigos, poucos em quantidade, porém de muitas qualidades;
 Pela realização dos meus sonhos de menina e de mulher;
 Por mim mesma, um ser imperfeito tentando acertar;
 Pelas pessoas que entram na minha vida e sempre me deixam lições, sejam boas ou ruins;
 Pelo marido chato, mas de ótimo coração;
 Pelos meus filhos, que são o ponto chave de tudo o que eu me proponho a fazer
 E pelo amor que muitos sentem por mim, embora eu muitas vezes não perceba!
 Enfim! Muito obrigada meu Deus, por ter me escolhido como filha!

Célia Ramos

domingo, 10 de abril de 2011

INTIMIDADE

Cá entre nós


Entre mim e você há uma distância enorme
Embora, estejamos perto.
Entre mim e você há um grito calado,
Uma palavra não dita,
Um sonho não realizado.
Há um amor contido
Que quer explodir.
Há uma paixão gostosa,
A qual não dá pra resistir.
Entre mim e você
Há perguntas sem respostas
Há respostas sem perguntas...
Entre mim e você
Há uma raiva incontida
Pra camuflar os bons sentimentos
Estes, que não queremos demonstrar...
Entre mim e você
Há combustível esperando apenas um fósforo aceso!
Entre mim e você
Há paz, há tormenta, há silêncio
Há tempestades e calmaria
Há a noite e o dia,
Há tudo que não queríamos que houvesse.
Mas entre mim e você
Só não há indiferença!

Célia Ramos

Nuvens


 Nuvens são um pouco castelos
Flores, anjos, marshmallow
São princesas, são elefantes
São anões e são gigantes.

Nuvens têm gosto de açúcar
Têm gosto de quero mais...
Têm formatos esquisitos
Fazem poses especiais...

Sabem que são admiradas
Por isso posam folgadas,
Viram bichos, viram gente,
Viram guerreiros valentes!

Quisera  subir bem alto
Sentir sua consistência
Mas não posso alcançá-las,
Só vejo sua inocência...

Transformam-se no que querem
E nós, a admirá-las
Embaixo do Sol ardente
Querendo poder tocá-las.

domingo, 27 de março de 2011

É pra rir ou pra chorar?


Tecnologia x Fenômenos da Natureza!
Estive analisando o quanto a tecnologia contribuiu para a melhoria da beleza feminina e, ao mesmo tempo, para a sua desgraça.
Observando as festas a céu aberto em minha cidade, nas poucas oportunidades em que pude participar de tais eventos, vi que com a invenção da chapinha, objeto tão importante para nós, mulheres – talvez até para alguns homens - ficou muito mais fácil o embelezamento, pois só tem cabelo crespo hoje em dia, quem quer...
Falo por experiência própria porque também aderi a uma das dezenas de escovinhas que rolam pelos salões de beleza, já que há um ano e pouco tempo atrás, meu cabelo era cacheado! Mas o que vem ao caso aqui, e que gostaria de relatar é o fato de nos dias de festa, todos os salões estarem repletos de mulheres alisando seus cabelos, passando chapinha pra poderem se apresentar melhor diante da sociedade local e sei que isto também acontece em outras cidades!           
A desgraça a que me referi no início deste texto encontra-se justamente no momento em que ao chegarem ao movimento central, onde está a massa popular, e aonde todas as pessoas vêm para desfilar seus modelitos e seus penteados tão bem feitos, surge no céu, uma nuvem escura e pesada de chuva, mas sendo noite, não se nota tal detalhe e, não demora muito, a água despenca em gotas grossas e impiedosas sobre os cabelos que passaram tanto tempo sendo preparados e deixaram uma nota às cabeleireiras.
Nota-se um reboliço desesperado de mulheres correndo em busca de abrigo, todas com as mãos na cabeça e se amparando embaixo dos ombros de seus respectivos companheiros, ou ainda, se emparelhando nas paredes das casas que ficam próximas ao burburinho. As pessoas, que nada em a ver com aquilo e que só observam de suas portas o movimento, não permitem, é lógico, que aquela multidão se infiltre dentro de seus lares, deixando assim, a mulherada à própria sorte!
Para quem observa de longe, é uma cena hilária, pois com seus saltos altíssimos, há certa dificuldade em se locomoverem e algumas até preferem deixar suas sandálias para trás a deixarem seus cabelos se molharem. Mas não achem que é só pelo fato que vai encolher. Tem um fator ainda pior! Por mais perfumados que sejam os cremes de tratamento usados durante o embelezamento, depois da chapinha, o cabelo não pode entrar em contato com água, porque sobe um aroma de chifre queimado que não é todo nariz que resiste a tamanha tortura! É um odor insuportável e a beleza de muitas desaparece juntamente com o penteado!
No entanto, como a festa está apenas iniciando, passada a chuva, todas voltam para a pista a fim de dançar, flertar e tudo o mais que têm direito... Tadinhos dos seus parceiros, que pra não saírem no zero a zero, arriscam seus narizes pelo resto da noite e de manhã, ainda contam vantagens para os amigos do quanto “pegaram mulheres”. Porém, em relação aos odores, alguns homens também não deixam muito a desejar, já que enchem a cara de cachaça e assim, fica o dito pelo não dito e só quem se sai numa boa de uma festa em minha cidade, é justamente quem observa de longe ou quem fica em casa e sabe das resenhas pela boca de quem foi e que talvez, por muita sorte, encontrou um abrigo na hora da chuva!        
Ê trem bão, sô!


Célia Ramos

domingo, 20 de março de 2011

CADÊ VOCÊ?

Cadê você?
Ah, paciência
Onde estás?
Faz dias me abandonastes!
Te procuro
Não acho!
Te espero.
Tudo em vão!
Sinto saudades dos tempos
Em que me destes o ar da graça!
Tempos remotos.
Longínquos!
Devo estar muito difícil de agüentar,
Pois todos resolveram me abandonar!
E tu, paciência
De quem eu mais preciso,
Se fostes também...
Sem ti
Como poderei esperar
O que está por vir?
Sem ti,
Como faço para suportar os problemas?
Encontrar soluções?
Tomar decisões?
Refletir para agir?
Ufa!
Sozinha, não dá!
Exijo que volte
E fique sempre aqui comigo
Querida paciência!

É assim...

     As palavras dançam em minha mente e eu, por descuido ou falta de tempo, não as ponho no papel.
    Pronto! Elas somem de repente.
    Procuro-as na mente. “Onde estarão?”
     “O que foi mesmo que eu estava pensando à noite?”
    Não tenho mais o mesmo jogo de palavras... Começo a escrever e o que vem na hora e que nada tem a ver com o que planejava antes!
    É assim mesmo que se dá o meu processo de escrita! Como diz uma amiga minha: “Poesia não escrita, é poesia morta!” Concordo.
    Tudo que pensamos deve ser escrito, se tivermos a intenção de lembrar depois, claro! No meu caso principalmente, pois confesso que às vezes tenho ideias perfeitas, pelo menos para mim, mas deixo-as guardadas na mente e elas se vão, antes mesmo de ganharem vida! Sinto tanto por isso!
    Quando leio textos de outros autores e os vejo tão completos, imagino de onde vem tanta imaginação, tanta originalidade! Penso: “porque não consigo escrever algo tão lindo?” Nem sempre posso escrever quando nasce algo novo na minha memória, que, vamos combinar, já não anda tão boa assim... Lembro mais de coisas antigas que atuais!
    Na verdade, as palavras se misturam. Um texto enrosca no outro e fico tentando separá-los! É engraçado criar textos. Eles parecem ter vida própria e têm! Só gostaria de saber escolher o jogo certo e na hora certa! Mas sou melhor com palavras que com jogos, mesmo sendo o jogo de palavras!
    Não era nada disso que eu pretendia escrever no início, mas foi o que veio. Então, só resta torcer para que alguém goste. Sim, porque de nada adianta escrever se não há leitor. Embora, sirva para desnudar a alma e curar suas doenças!
    Escrever é muito bom! Quando o faço, parece que estou saboreando a minha comida preferida! Sinto inclusive, o sabor do texto. Sinto o perfume das palavras. Satisfaço-me quando acabo de dar vida às minhas ideias!
   Bon appétit!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Você é preconceituoso?

Preconceito ou discriminação?


É incrível como nós, seres humanos, somos capazes de fazer julgamentos a partir da aparência do outro. Criticamos antes mesmo de conhecer a pessoa, de falar com ela, de saber o que ela pensa. Apenas ao olhar seu modo de vestir, olhar ou falar.          
Esses dias, estava num transporte de uso coletivo quando entrou um rapaz moreno. A princípio, até eu fiquei com receio, porque ele era um típico “boy” (adolescente que se veste “largadão”). Mas em seguida, me repreendi por está julgando pela aparência e tratei de afastar o pensamento...      
Fiquei de boa no meu lugar e estava um pouco sonolenta...Percebi que o rapaz saiu do lugar em que estava, logo a minha frente e sentou mais adiante, junto a uma senhora. A senhora saiu imediatamente do lugar em que estava e ficou de pé como se estivesse prestes a descer. Mas, na verdade, ela estava com medo, porque em seguida, veio para outro lugar no fundo do transporte.
Eu estava quase cochilando, quando uma pessoa que me conhecia e que também estava viajando comigo, veio sentar junto de mim e pedir pra que tivesse cuidado porque aquele rapaz era um ladrão. Assustei-me, mas pensei imediatamente em como somos preconceituosos. Se aquele rapaz estivesse ali pra fazer algo ruim conosco, já teria feito porque muitas pessoas já estavam descendo nos seus pontos e apenas umas seis pessoas continuavam a viagem, entre elas, eu.
O que é o preconceito, na verdade? É uma idéia prévia que fazemos de algo ou alguém. É um conceito que temos antes mesmo de saber a real intenção ou o real valor de um ser humano. E, quando temos este preconceito, passamos a discriminar. Isto sim, é um crime, já que passamos a agir de má fé com este indivíduo, do qual fazemos juízo de valor! Estamos cometendo um erro também, mas achamos que está tudo certo e que estamos agindo em nossa própria defesa.
Se ao invés daquele rapaz vestido de maneira comum, entrasse no transporte, alguém branco, bem vestido e de boa aparência, ninguém teria medo ou pensaria que fosse ladrão. Embora, pudesse ser. Quantos ladrões de gravata não têm no nosso país? E o pior, escolhido por nós, porque os julgamos pela boa impressão que causam e não pelas suas verdadeiras ações.
Eu sei que o mundo está violento e que não podemos confiar em todas as pessoas, mas como saber quem é bom ou ruim? Não dá pra saber apenas observando. É preciso conhecer. Além do mais, têm tantas pessoas que conhecemos a vida inteira e de repente, nos surpreendem com atos que não julgávamos que fossem capazes.
A verdade, é que embora falemos a toda hora que não somos preconceituosos, nós somos sim. Sempre temos um conceito prévio sobre algo ou alguém. O que não podemos fazer é discriminar as pessoas, mas também o fazemos! Pode ser de forma impulsiva ou nada intencional, mas é o que mais acontece o tempo todo. No entanto, o que devemos fazer diante dessa sociedade caótica em que nos encontramos? Como agir diante da realidade cruel a qual estamos “acostumados” a enfrentar diariamente?
É uma questão que também não tenho a resposta, porém, ainda acho que a melhor maneira de agir diante de pessoas desconhecidas, é observar mais e deixar que nossos sentidos nos guiem, porque eles dificilmente falham.

Célia Ramos