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domingo, 2 de novembro de 2014

Laços imperfeitos






Os laços servem para enfeitar.
Nas relações humanas, quanto mais os criamos, mais somos aprisionados. Por vezes, eles viram nós. Prendem, enforcam, sufocam!
Quando apertam, nos machucam. Quando se partem, nos dilaceram!
Laços são bons quando suaves, quando embelezam, quando "cetins"!
Laços vermelho-paixão!
Laços branco-paz!
Laços verde-esperança!
Laços e entrelaces!
Muitos são os nossos laços! Mas que eles sempre embelezem e nunca virem nós! Porque a vida precisa da seda dos laços, mas não da forma com que eles prendem!

Célia Ramos

sábado, 4 de outubro de 2014

Sobre o tempo...







Se é verdade que o tempo cura, é verdade que ele também mata! Mata de amor, mata de dor, de saudade, de alegria, de cansaço...De excessos de TUDO e de excessos de NADA...
(Célia'Ramos)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

SONHOS DE MENINA


















E a menina sonha em ser grande. E ao ser grande, quer ser menina!
Agora, ela já sabe que a inocência não é mais sua, pois debuta para o “ser mulher!” ...
Mulher menina
Mulher criança
Menina mulher...
Apenas mulher!
Os quinze anos são o passaporte de toda menina para a maturidade. Porém, essa vem aos poucos. Os passos lentos, meio arrastados!
Chegam os amores,
As decisões...
Um mundo novo com seus conflitos,
Com seus encantos
Com sua magia.
Os melhores dias que serão sempre lembrados: “Ah! Quando eu tinha quinze anos! ...”
São dias breves, porém, intensos.
Hoje, tudo é para sempre. Amanhã, já não é mais!
Quando se ver, já são vinte, trinta, quarenta, cinquenta...e espera-se que venham os cem!
Dos quinze anos, fica a lembrança!
Portanto, menina flor desabrochando, aproveite seus dias de glória, praticando simplesmente, a felicidade!


Célia Ramos

Texto feito exclusivamente para Yasmim Lima, em seu aniversário de 15 anos...em 27 de julho de 2014.


sexta-feira, 27 de junho de 2014

IDAS E VINDAS



Num dia se chega, no outro se vai!
Num dia se perde o que se ganhou e ganha-se o que perdeu...
Num dia se vão os amores,
Os valores,
Os sonhos...
Se perde as dores e as flores!
Num dia se ganha amigos e no outro, eles se foram...
E nos levam junto, ao mesmo tempo em que nos deixam...
Fatiados,
Machucados,
Despedaçados!
E o que fica?
Só saudades!

Mas nasce um novo dia e com ele a alegria de ganhar tudo de novo!



Célia Ramos

sábado, 10 de maio de 2014

Se sei, não sei!

















De mim só sei o que sou!
Só sei o que sinto.
Só sei o que erro,
O que aprendo. O que perco!
De mim, sei o que vivo,
O que busco,
O que deixo no caminho.
Sei das dores, das alegrias, da solidão...
Do encontro!
De mim, sei o que não posso...
Sei o que sonho,
O que realizo
E o que me perco!

De mim, sei a saudade, a esperança e o desamor.
Pois vida é ser...
É ter
É crer
É ler
É ver
É conhecer.
É aprender e é também perder!
De mim, só sei o que já não sou!

Célia Ramos

quinta-feira, 13 de março de 2014

Dualidade



 













E há aqueles dias em que você não é fogo, nem é água. É simplesmente brisa.

E outros dias, você não é terremoto nem vulcão. É eterna tempestade!

Não é partida nem chegada, mas é permanência!

Não é forte nem é fraco, mas é inércia!

Não é passado nem presente...é atemporal!

Não é carne nem é peixe, mas é sem sal!

Não é dia, não é noite, é só brilho! Ofusca!

Não é gelo nem chamas, mas queima!

Não é ódio nem amor. É apenas coração!

E tem dias em que você é só silêncio, gritando alto!



Célia Ramos




domingo, 5 de janeiro de 2014

QUASE



Se já o havia esquecido, era estranho como tudo o que estava relacionado a ele pudesse feri-la com tanta força. As palavras que ele proferia para se referir a ela, machucavam como ferro em brasa, pois a sinceridade daquelas palavras, não eram mais o que gostaria de ouvir. E ele, talvez soubesse do poder que tinha sobre seus sentimentos, pois caprichava em falar coisas que lhe tiravam a alegria.
Não era mais uma menina. Era uma mulher com sonhos adolescentes. Porque ainda esperava pelo príncipe no cavalo branco, mesmo sabendo que os sapos são muito mais gentis?
Durante toda a sua vida se contentou com a calmaria que aquele suposto amor lhe trazia. E quando o amor deixou de existir foi justamente na hora em que percebeu que nada lhe satisfazia e que lá fora, havia um mundo tão maior lhe esperando! Porém, estava presa num relacionamento seguro e sem emoção, mas talvez fosse aquele o verdadeiro amor e não sentimentos que pudessem magoá-la com frequência!     
Sentia vontade de mudar, mas achava o seu mundo tão seguro! Submetia-se a toda e qualquer migalha de carinho que lhe era oferecida, embora não acreditasse de fato nos gestos de quem lhe demonstrasse afeto. O afeto que esperava com todo ardor era o dele, no entanto, não mais o recebia, pois há muito ele a havia deixado. Foi embora e com ele levou todas as promessas de “pra sempre” que um dia ofereceu para iludir seu coração. Mas seu coração também estava habituado a quase nada e mesmo doendo, se conformava com isso.
E ela quase era feliz todo dia. Quase se amava mais. Quase aceitava outros amores que lhes eram oferecidos. Quase deixava aquela vida mais ou menos para viver intensamente e quase, quase o esquecia para sempre.


Célia Ramos